Para entendermos um fato histórico, devemos antes e acima de tudo compreender o seu contexto de época e, principalmente, os acontecimentos que o antecederam e, conseqüentemente, o propiciaram. Uma revolução, uma guerra, uma revolta, não ocorre, assim, de uma hora para outra, por simples resolução ou capricho. Pequenos fatos vão se acumulando, como a água na represa, até chegarem à gota d'água definitiva, liberando as comportas da história para um único e derradeiro momento. Momentos esses, muitas vezes, representados por um nome, uma liderança - homem ou mulher -, que, na verdade, são apenas representantes dos anseios de gerações inteiras. Gerações de homens e mulheres anônimas vão fazendo aos poucos a história. Acumulando a água. Cabe às lideranças políticas situar os marcos dessa história anônima, tomando para si a hora e a vez de exercer um ato histórico, aqui, no caso, o da Independência do Brasil. A dom Pedro coube cravar o marco da independência no chão patriótico da história brasileira. Coube a ele abrir as comportas.
D.PEDRO I E A INDEPENDÊNCIA
1822, ao que parece, é um ano decisivo. Dom Pedro anuncia sua insubordinação à Constituição Portuguesa, convocando a primeira Assembléia Constituinte brasileira. Depois de declarar que as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil seriam consideradas inimigas, o príncipe regente resolve assinar o Manifesto às Nações Amigas, escrito por José Bonifácio, o Patriarca da Independência. Com essa assinatura, ratifica o rompimento com as Cortes Constituintes de Lisboa e assegura "a independência do Brasil, mas como reino irmão de Portugal". Os portugueses, no entanto, não aceitam a convocação da Assembléia Constituinte Brasileira e exigem a volta imediata de dom Pedro, ameaçando, inclusive, com o envio de tropas.O príncipe não obedece ao Parlamento Português, proclamando a Independência do Brasil, no dia sete de setembro, e afirmando em documento oficial a separação política entre colônia e metrópole portuguesa. Ele é aclamado imperador em outubro daquele ano e coroado, dois meses depois, pelo bispo do Rio de Janeiro, com o título de dom Pedro I, imperador do Brasil.
Em 1972, na comemoração do sesquincentenário da Independência, os restos mortais de Dom Pedro I voltaram ao Brasil e encontram-se no Museu do Ipiranga."Viva a independência e a separação do Brasil.Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil.Independência ou Morte!".Frase histórica de D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822, às 16:30hs.
Uma contribuição Virginia Pereira - culinarista e Instrutora de Culinária da Escola de Cozinha e Hotelaria do SENAC. Local: Itaguaí, Rio de Janeiro, Brazil
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